terça-feira, 29 de maio de 2012

Divulgação 01: III CICLO DE PALESTRAS SOBRE BORBOLETAS do Borboletário de Osasco, SP

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Encontram-se abertas desde o dia 12 de maio, das 9 às 17 horas, as inscrições para participações  no III CICLO DE PALESTRAS SOBRE BORBOLETAS, promovido pelo Borboletário de Osasco, SP.

Para maiores informações, clique no link ao lado, ou busque: < http://borboletariodeosasco.blogspot.com.br/ >

sábado, 26 de maio de 2012

Heraclides hectorides (Esper, 1784), foto por: J. Caloi

Heraclides hectorides, J. Caloi, em Pedra Grande, Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Juliana Caloi (35 anos, arquiteta), feita em 05-II-2011, temos aqui nossa trigésima participação do público! Trata-se de uma boa imagem de Heraclides hectorides (Esper, 1784), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, fotografada através de uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. A foto foi feita em um final de manhã ensolarada, aproximadamente às 12h30min. A autora ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto em uma determinada fazenda em Pedra Grande, Atibaia, vemos a um indivíduo do sexo masculino pousado ao chão, no solo úmido, bebendo água com sais minerais. Muitas espécies de borboletas do sexo masculino além de se alimentarem nas fontes mais comuns (flores e frutos) têm esta rotina como essencial para sua maturação sexual. Adquirem assim, dessa solução (água e sais) elementos químicos necessários ao seu metabolismo nas etapas iniciais da sua vida como adulto. Já as fêmeas tem rotina de voo sempre próxima das fontes alimentos como as inflorescências das plantas da família Fabaceae, subfamília Mimosoidae. Além dessas, em uma adaptação alimentar, também prefere as flores de uma planta exótica a maria-sem-vergonha, Impatiens sultani Hook., Balsaminaceae (Otero & Marigo, 1990). H. hectorides (Esper, 1784) é uma espécie comum e que prefere voar nas áreas abertas e bem iluminadas (heliófila). Assim, muitas vezes, pode ser avistadas em trilhas e nas bordas da floresta. Seu voo é rápido. Habita as áreas de fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana), e também as silvestres, onde se faz notar tanto nas matas secundárias quanto nas primárias.

Suas lagartas, como muitos Papilionidae, são parecidas com fezes de pássaros sendo assim, se camuflam evitando os predadores. Logo seu corpo é predominantemente colorido em tons de marrom a castanho. Mas, há também zonas onde existe um mosaico de branco e amarelo que conferem tal aparência de excremento de pássaro a lagarta. Ainda possuem pequenos espinhos ao longo do corpo. São diurnas e gregárias em pequenos grupos que variam de quatro a oito indivíduos. Tem preferência alimentar por plantas das famílias Piperaceae e Rutaceae, sendo o gênero Citrus um bom exemplo (Costa Lima, 1968).
A. Soares

domingo, 20 de maio de 2012

Morpho aega aega (Hubner, [1822]), foto por: L. Hardman

Morpho aega aega, L. Hardman, em Pedra Grande , Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Lucas Hardman (24 anos, biólogo), feita em 12-V-2012, temos aqui nossa vigésima nona participação do público! Trata-se de uma boa foto de M. aega aega (Hubner, [1822]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Morphinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS 7D (com 18.1m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 14h15min no início de uma tarde ensolarada, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto nas cercanias de Pedra Grande, em Atibaia, vemos uma boa foto da borboleta pousada, possivelmente sobre a planta alimento da lagarta, uma taquara do gênero Chusquea, que crescem em sítios de altitude elevada. M. a. aega (Hubner, [1822]), é uma espécie típica de altitude que gosta de voar em locais ensolarados. Assim sendo, é encontrada no ecossistema de campos de altitude e ecótonos entre estes e as matas temperadas, acima de 1000m, onde é mais facilmente avistada nas bordas de trilhas e estradas que são margeadas por densas formações de bambus e taquaras nativas (Otero, 1986). Seu voo é de velocidade mediana e, preferencialmente, próxima às áreas onde há a planta alimento da lagarta. Por vezes, cedo pela manhã, podem ser observadas voando em número de centenas de indivíduos, sendo esse um espetáculo inesquecível (Otero & Marigo, 1990)! É uma espécie que tanto pode ser exemplo de uma ação destrutiva quanto construtiva por parte do homem. Negativamente temos que foi caçada anualmente aos milhões na região Sul do Brasil para a confecção de bijuterias, quadros e bandejas (Otero, 1986). Mas, em décadas recentes, alguns criadores foram autorizados pelo órgão governamental competente e receberam permissão para criar esta espécie em cativeiro, a fim de não mais comercializar indivíduos oriundos da natureza. Este fato, além de tirar da ilegalidade os antigos caçadores (agora criadores), ainda contribui para o conhecimento e manejo da espécie, o que com certeza ajudará na preservação de M. a. aega (Hubner, [1822]).

Lagartas são magnificamente belas! Têm o corpo coberto de tufos pilosos com coloração predominantemente amarela. Também apresenta listras em mosaico de cores, dispersas pelo corpo em: negro, grená, branco e tons de marrons. Sua cabeça é bem grande. Os hábitos são solitários e diurnos. Alimentam-se apenas de plantas da família Poaceae, como por exemplo: bambu-riograndensis, Merostrachys burchelli Munro e diversas taquaras do gênero Chusquea (Costa Lima, 1968).
A. Soares

terça-feira, 1 de maio de 2012

Marpesia petreus petreus (Cramer, 1776), foto por: J. Bizarro

Marpesia petreus petreus, J. Bizarro, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Jorge Bizarro (50 anos, médico/entomólogo), feita em 04-XII-2010, temos aqui nossa vigésima oitava do público! Trata-se de uma boa foto de Marpesia petreus petreus (Cramer, 1776), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Cyrestinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W310 (com 12.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi capturada em um final de uma manhã ensolarada, aproximadamente às 11h15min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Nesta foto obtida na sede da REGUA (Fazenda São José), vemos a borboleta pousada de ponta à cabeça e a sombra (evitando assim o sol tórrido de verão nas horas de pico), no hibisco ou malvavisco, Hibiscus rosa-sinensis L., planta da família Malvaceae uma planta decorativa comumente usada em jardins. M. p. petreus (Cramer, 1776), espécie comum, pode ser observada tanto nas áreas sombreadas (umbrófila) no interior das florestas como também nas abertas (heliófilas), onde sua preferência está nas bordas de trilhas e clareiras. É encontrada em matas com florestas secundárias ou primárias, sendo mais abundante nas primeiras. Tem um voo rápido e irregular. Alimenta-se do de néctar nas flores e, no caso do macho, também de sais. Assim, é uma borboleta que muito facilmente comparece em nas margens de rios ou riachos e em poças d’água onde pode ser fotografada com mais facilidade.

Suas lagartas são muito belas! Elas apresentam, no último estágio, a coloração em grená, negra, cinza e creme. Distribuídas pelo corpo as cores: grená, negra e cinza se alternam em um mosaico de máculas e listras. Mas, o destaque fica por conta da coloração creme que figura em forma de deltas (triângulos invertidos) sobre o dorso da lagarta! O corpo tem quatro grandes espinhos dorsais negros e a cabeça um par de cornos da mesma cor. Apresentam hábitos noturnos e isolados. Alimentam-se várias de plantas, sendo assim, polífogas. Em especial pode-se destacar a jaqueira, Artocarpus heterophillus Lam., e inúmeras  figueiras como por exemplo: Ficus guaraniticaFicus retusa L. (figueira silvestre) e Ficus carica L. (figueira cultivada) todas plantas da família Moraceae (Costa Lima, 1968 & Otero, 1986).
A. Soares & J. Bizarro