quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Phoebis sennae sennae (Linnaeus, 1758), foto por: A.C.F. Junior

Phoebis sennae sennae, A.C.F. Junior, Parq. Estadual dos Três Picos, Canoas, Teresópolis, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Antonio Carlos Fiorito Junior (59 anos, médico/pediatra), feita em 22-III-2012, temos aqui nossa quinquagésima oitava participação do público! Trata-se de uma bonita imagem de Phoebis sennae sennae (Linnaeus, 1758), lepidóptero da família Pieridae, subfamília Coliadinae, capturada utilizando-se uma Panasonic Lumix DMC-FZ28 (com 10.1m.pixels), no Parq. Estadual dos Três Picos, área do bairro de Canoas, em Teresópolis, RJ. A foto foi tirada em um inicio de tarde ensolarada, porém em ambiente sombreado, aproximadamente às 14hs, utilizando-se a lente padrão da máquina com o primeiro estágio do zoom.

Biologia

Capturada em um recanto sombreado, vemos um indivíduo do sexo masculino se alimentando de néctar na flor-do-beijo, Impatiens walleriana Hook. P. s. sennae (Linnaeus, 1758), tem capacidade para se adaptar aos mais diversos locais com maior ou menor grau de degradação do meio ambiente. Assim, é um inseto semi-urbano, ou mesmo, urbano, podendo ser avistado facilmente em praças e jardins. Na natureza é igualmente comuníssima, e está abundantemente presente em vários ecossistemas! Além disso, a espécie tem populações migratórias. Seus hábitos alimentares incluem visitas preferenciais, a plantas de flores com corolas vermelhas onde bebem o néctar. Os machos podem ser vistos também em grupos no chão onde integram o conjunto de espécies de Pierídeos formadoras de panapaná. Seu vôo é veloz e vigoroso.
Os ovos têm postura isolada feita nos brotos (folhas novas) das folhas de diversas espécies de plantas do gênero Cassia. Todavia, nas cidades são constantemente postos em Cassia siamea (Lam.) H.S.Irwin & Barneby, planta da família Fabaceae, usadas comumente no paisagismo de parques públicos. Lagartas têm aspecto é liso e com cor amarelada com anéis verdes ao longo do corpo. Porém, há variação na cor, podendo ter estágio onde exibem cor verde clara com uma linha amarela ao longo do corpo. Não são gregárias. Talvez tenham hábitos noturnos. Como já vimos, alimentam-se basicamente de plantas da família Fabaceae pertencentes ao gênero Cassia (Brown 1992).
A.     Soares

domingo, 3 de agosto de 2014

Hamadryas amphinome amphinome (Linnaeus, 1767), foto por: A. Soares

Hamadryas a. amphinome, A. Soares, Monte Serrat, Parq. Nacional do Itatiaia, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (53 anos, biólogo), feita em 14-V-2014, temos aqui nossa quinquagésima sétima participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Hamadryas amphinome amphinome (Linnaeus, 1767), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W630 (com 16.1m.pixels), na pátio da antiga Faz. Monte Serrat, hoje administração do PARNA Itatiaia, RJ. A foto foi tirada em uma tarde parcialmente nublada, aproximadamente às 14h:30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Com esta foto feita no pátio da antiga Fazenda Monte Serrat (atual administração do PARNA Itatiaia), vemos a borboleta pousada de ponta-a-cabeça em uma pedra. Este substrato lhe serve de excelente local para se camuflar. Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767), espécie comum e abundante vive qualquer área umbrófila (sombreada) ou, em alguns casos, parcialmente ensolarada. Está presente assim nas bordas de trilhas e clareiras nos sítios existentes nas fronteiras entre cidades e florestas, e também, nas florestas secundárias. Procura frutos maduros caídos ao chão da floresta para se alimentar. Seu voo é irregular e de média velocidade. Porém, se molestada, tem ritmo de voo acelerado. Uma característica muito marcante é que produzem estalidos durante o voo, daí que junto com outras espécies do Gênero, recebem o nome vulgar de borboletas-estaladeiras. Fato este que, segundo Otero (com. pess. 1996), pode ter função de defesa servindo para afugentar inimigos. Há ainda relatos de ser uma ação na disputa territorial entre machos da mesma espécie (Lourenço, 2011).

Suas lagartas são escuras. Têm desenhos em cinza como se fosse uma renda sobre o corpo negro. O corpo é recoberto de processos espinhosos negros e, na região mediana, amarelados. Sua cabeça tem a coloração igualmente negra. Têm hábitos diurnos e gregários. Alimentam-se de diversas espécies de trepadeiras do Gênero Dalechampia planta da família botânica Euphorbiaceae (Brown, 1992). Uma característica marcante exibida pelas pupas é: dois prolongamentos cefálicos que lembram “orelhas de coelho”.
A. Soares